Filho de atores, o argentino Mário José Paz e a brasileira Ana Elisa Paz, Francisco Paz cresceu em meio à arte e aos esportes. Como atleta, destaca, entre as suas habilidades, a prática do surfe, que faz desde os tempos de escola; futebol; karatê; corrida e natação. Nas artes, o ator argentino e brasileiro, nascido e criado em Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, convive, desde muito pequeno, com “luzes, câmeras e ação”, já que sua família é proprietária do Cine Bardot e idealizadora do Búzios Cine Festival há 26 edições. Foi no tapete vermelho do evento que o então menino teve seu primeiro contato com a profissão, que abraçaria anos mais tarde.

Mesmo com tantas inspirações e referências, Francisco optou por estudar Sociologia e Política, na PUC – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Mas foi ‘fisgado’ pela arte no meio do curso, quando decidiu abraçar a arte e foi se especializar, entrando para o Tablado sem, contudo, abandonar a faculdade. Em um de seus primeiros papéis, atuou como protagonista nos espetáculos “Nossa Cidade”, dirigido por Fernando Berditchevski, seu professor no Tablado; e “Doze Homens e uma Sentença”, produzido por sua mãe. Ainda antes de finalizar a faculdade de Sociologia, fez outra imersão pelas artes, ingressando nos cursos da Casa da Cultura Laura Alvim e na Oficina de Atores da CAL (Casa de Artes das Laranjeiras).

Foi depois que concluiu o curso de Sociologia que ele voltou a mergulhar de cabeça na profissionalização do ofício que escolheu. Desta vez, optou por se especializar na Argentina, já que também é cidadão daquele país. Lá, foi aluno no Estudio de Carlos Gandolfo Para la Preparacion del Actor, na Escuela de Formacion Actoral Agustin Alezzo e no Centro Latinoamericano de Creación e Investigación Teatral, todos em Buenos Aires. “Sou um apaixonado pelo cinema argentino. Minha opção por me especializar naquele país, é para que eu possa trabalhar tanto no Brasil quanto lá, atuando e produzindo”, diz ele. No cinema argentino, também participou da co-produção entre os dois países, “Tampoco Tan Grandes”, de Frederico Sosa. E produziu no Brasil o filme argentino “Corazon de Leon”, com Guillermo Francella, que quando exibido na Argentina, foi o filme com maior bilheteria em 2013.

Ainda no teatro argentino, participou de Antígona 2040, uma montagem futurista do clássico de Sófocles. No Brasil, ele também esteve no elenco de filmes como “Porque as Valsas são Breves”, de Daniel Herz, e “O Último Youtuber Virgem”, de Miguel Rodrigues. Na televisão, os destaques são a quarta temporada da série “Um Contra Todos”, na Fox Brasil e a segunda temporada da série “Natureza Morta”, no canal Cinebrasil TV.